Marlon Brando é uma das maiores lendas da atuação na história, um dos primeiros atores a desenvolver o método Stanislavski e qualquer um pode apreciar que seu trabalho na tela é excepcional.
Mas, apesar disso, até ele tem falhas em sua filmografia e chegou a passar por um período de declínio profissional em que atingiu o ponto mais baixo. Morituri está diretamente ligado a esse momento.
Dois Farristas Irresistíveis (1964), Sangue em Sonora (1966), A Condessa de Hong Kong (1967) e A Noite do Dia Seguinte (1969) foram fracassos de crítica e comercial e, embora Morituri tenha sido bem recebido pelos especialistas — pelo menos por alguns deles — e tenha sido indicado ao Oscar de Melhor Fotografia em Preto e Branco e Melhor Figurino em Preto e Branco, não conseguiu causar um impacto muito mais profundo.

Anos depois, o ator foi o foco das críticas de Anthony Hopkins. Na época, o astro de O Silêncio dos Inocentes estava promovendo Desafiando os Limites e foi questionado pelo site Aboutfilm sobre a atuação de método, especialidade de Marlon Brando.
"Tenho certeza de que pode ser útil. Conforme você aprende, você fica melhor nisso. Li uma entrevista com Kenneth Tynan na década de 1960 e ele disse: 'Nós desenvolvemos boas maneiras. Elas são boas de se ter, porque são cobertores de segurança. Mas você tem que quebrá-las. Você tem que encontrar a coragem de quebrá-las e encontrar coisas novas o tempo todo'", diz Hopkins. "Às vezes, são hábitos muito atraentes, hábitos carismáticos, mas às vezes parecem ridículos."
Christopher Reeve não se deu muito bem com Marlon Brando no set de Superman: "Ele odeia trabalho e adora dinheiro"Eu vi o grande Marlon Brando em um filme na outra noite. E ele era tão ruim. É como atacar algo sagrado… Ele era tão ruim neste filme. Eu pensei: "Como ele pode ser tão ruim?" Foi com Yul Brynner [em Morituri]. Eu disse: "O que ele está fazendo?" Pelo amor de Deus, atue! Faça alguma coisa! Deixe-se levar. Mas às vezes até grandes atores como ele podem ser ruins, muito ruins. Mas tudo bem", completou Hopkins.
Morituri acompanha o especialista em explosivos Robert Crain (Brando), que quer evitar servir na Segunda Guerra Mundial. Ele obtém documentos falsos e desaparece na Índia, mas é rastreado pelo Serviço Secreto Britânico. Em resposta, ele deve empreender uma missão arriscada: personificar um oficial da SS em um cargueiro nazista sob o codinome Hans Keil para desarmar seus explosivos.
*Conteúdo Global do AdoroCinema
Fique por dentro das novidades dos filmes e séries e receba oportunidades exclusivas. Ouça OdeioCinema no Spotify ou em sua plataforma de áudio favorita, participe do nosso Canal no WhatsApp e seja um Adorer de Carteirinha!